Os Calçados de Segurança são EPIs indispensáveis e muito úteis em diversas áreas profissionais. Com isso, vem a importância de saber escolher o produto, já que existem muitos modelos e diversas variáveis para se levar em consideração.
O que acontece é que muitas vezes, as pessoas fazem escolhas erradas que colocam os profissionais diretamente expostos a riscos que podem causar acidentes de trabalho. Uma situação muito ruim obviamente para o trabalhador, mas também para a empresa.
Por este motivo, todo o conhecimento neste momento é essencial! Tanto dos riscos presentes no ambiente de trabalho, quanto dos equipamentos disponíveis para atenuar seus impactos no colaborador.
Foi por isso que decidimos criar este artigo completo para que funcione como um verdadeiro Guia gratuito de Calçados de Segurança. Compartilhe com a sua equipe e tenha uma boa leitura!
O que são e qual a classificação dos Calçados de Segurança
Definidos pela NR 6, os Calçados de Segurança são equipamentos de proteção individual destinados à proteção dos pés contra diversos tipos de risco. Podem e devem ser utilizados em muitas atividades profissionais, que tornam o uso obrigatório a depender da situação.
Para que atendam à demanda de tantos riscos que atingem os pés do trabalhador, é que existem tantas características e especificidades quanto a cada uma das partes do calçado. Como por exemplo, tipo de cabedal, de solado, de palmilha, de cano, entre outros.
Mais para frente neste artigo, veremos mais sobre essas especificações. Agora, precisamos falar sobre a classificação deste EPI, que é primordial para o fácil entendimento da importância deste equipamento.
Assim, os Calçados de Segurança podem ser classificados de duas formas, basicamente: Classes I e II. O Calçado de Classe I, é feito de couro e outros materiais, sem poder ser feito inteiramente de borracha ou polimérico.
Já os calçados Classe II, estes são produzidos inteiramente em borracha, ou seja, totalmente vulcanizado; Ou então inteiramente polimérico, ou seja, completamente moldado. Essas são as duas classificações existentes para os Calçados de Segurança.
Mas as especificações não param por aí. Ainda precisamos falar sobre as categorias ou os tipos de calçados de segurança que podem ser considerados EPIs. Vamos ver isso a seguir!
Quais os tipos de calçados que são considerados EPI?
Como você deve saber, existe uma lista de calçados de segurança disponíveis no mercado. No entanto, é correto afirmarmos que eles podem ser divididos em três categorias, além das classes I e II que vimos no tópico anterior.
São elas:
Calçados Ocupacionais;
Calçados de Proteção; e
Calçados de Segurança.
Os Calçados Ocupacionais são definidos pela norma ABNT NBR ISO 20347, e possui características que sirvam para oferecer proteção para o usuário contra danos advindos de acidentes.
Além disso, não possui a biqueira de proteção – que pode ser de aço ou composite. São geralmente compostos por cabedal, forro, solado e palmilha. Recomendado para proteger os pés contra riscos de natureza leve.
Já os Calçados de Proteção são determinados pela norma ABNT NBR ISO 20346, e também oferecem proteção ao usuário contra danos advindos de acidentes. No entanto, este possui biqueira de proteção contra impacto.
Essa biqueira pode suportar um nível de energia de pelo menos 100 Joules, e com uma carga de compressão de pelo menos 10 kN. Este modelo é muito difícil de encontrar, uma vez que o Calçado de Segurança já abranja todas essas proteções.
E então temos os Calçados de Segurança, que são definidos pela norma ABNT NBR ISO 20345 e possuem características para proteger o usuário de danos advindos de acidentes, além de possuir a biqueira de proteção, que pode ser de aço ou composite.
Essa biqueira deverá passar em testes que afirmem que ela suporta um nível de energia de pelo menos 200 Joules, e com uma carga de compressão de pelo menos 15 kN. Além disso, deve ser capaz de absorver choques sem deformação da biqueira até 20 kg a uma altura de 1 metro.
Identificar o calçado de segurança ideal – confira a tabela
Aqui na Prometal EPIs, nós frisamos muito a ideia da informação ser tão importante quanto a prevenção. Isso porque, ao nosso ver, não existe prevenção sem antes haver a informação. Ou seja, quais os riscos, quais os EPIs para proteção, quais as atividades serão feitas – todas essas informações deverão ser primordiais.
Nisso, o próximo passo seria realizar as Análises dos Riscos do ambiente de trabalho, qualitativas e quantitativas. A verdade é que neste sentido, existem muitas técnicas e maneiras de realizar a análise. Mas uma coisa é certa: deverá passar pelo PPRA (ou PGR, saiba mais aqui).
É fundamental que uma metodologia para esta análise seja criada e que realmente ajude os trabalhadores para identificar e avaliar cada um dos riscos do ambiente profissional. Após esta análise minuciosa, ocorrerá o mapeamento das Medidas de Controle de Risco.
Dentre essas medidas estão os EPIs, como os Calçados de Segurança, que deverão ser empregados quando todas as outras medidas forem insuficientes para oferecer proteção ao trabalhador. Assim, será possível identificar o tipo do calçado necessário, bem como a proteção que se espera dele.
Dessa forma, será possível identificar no EPI a identificação (que poderá vir via gravação, carimbo, etiqueta, entre outros, com uma simbologia muito específica que determina as condições da proteção daquele equipamento.
Veja abaixo as tabelas com essas simbologias (salve este post nos seus favoritos para consultar sempre que precisar).
Tendo em mente, ou a mãos, essas simbologias, será muito mais fácil identificar qual o melhor calçado de segurança para uma determinada função.
Tecnologia x Calçados – como fica o conforto?
Outro fator muito importante na hora de adquirir seus calçados de segurança é que ele precisa ser confortável! Isso porque muitas vezes o usuário vai precisar passar o dia inteiro com ele nos pés e, neste momento, um desconforto pode implicar em um acidente ou na falta de produtividade.
A boa notícia é que hoje em dia, a maioria dos calçados – pelo menos os que oferecemos aqui na Prometal EPIs – já possuem um certo nível de conforto. Aqui no Brasil, existem alguns testes normalizados que possuem o objetivo de identificar justamente o desempenho de um calçado quanto ao conforto.
Neste sentido, vemos que os principais fatores a serem observados são:
Se o produto é leve;
Qual o nível de maciez e flexibilidade;
Dimensionamento adequado;
Conforto térmico;
Uma boa distribuição da pressão plantar;
Excelente amortecimento de impacto;
Ângulos de pronação adequados.
Um EPI que cause desconforto pode tanto prejudicar a produtividade, como já mencionamos, como também causar acidentes. Isso porque se não há conforto, o trabalhador pode não querer utilizá-lo, ou utilizá-lo de forma errônea, o que seria um verdadeiro problema.
Havendo alguma situação como o calçado está machucando, desconfortável, tamanho errado, ou etc, a CIPA ou SESMT deverão ser imediatamente acionados.
E a numeração, como escolher?
A numeração do calçado tem absolutamente tudo a ver com o conforto gerado pelo mesmo! Isso porque tanto um calçado maior quanto menor poderá causar um imenso desconforto para o trabalhador. Por isso, essa observação é tão importante.
Aqui no Brasil, o sistema de medidas que é usado para determinar as formas dos calçados de segurança é o que chamamos de “Ponto Francês”. Isso significa que a numeração marcada expressará o comprimento do pé, de acordo com uma fórmula muito simples (ou, nem tanto).
Primeiro, você precisa saber que a variação de comprimento de um número para outro neste sistema é de 6,66 mm. Dessa forma, você poderá calcular o comprimento do seu pé da seguinte maneira:
Comprimento do pé = Número x 6,66
Exemplo: 41 x 6,66 = 273 mm
Agora, veja essa outra tabela da Animaseg para que você observe a relação número do calçado x comprimento do pé em cm:
Para saber mais, leia este nosso artigo completo sobre a numeração ideal para o calçado de segurança.
Conservação e uso do EPI
Segundo a NR 6, o fornecimento dos Calçados de Segurança deverá ser feito pelo empregador, mas a responsabilidade quanto ao uso e conservação diz respeito ao trabalhador. Por isso, fique de olho nas nossas dicas:
Utilize o Calçado de Segurança única e somente durante as atividades;
Higienize sempre com pano seco ou úmido;
Deixe secar à sombra;
Siga as recomendações do fabricante sempre;
Se houver suor, deixe o calçado secar à sombra e, se preciso for, retire a palmilha para uma melhor secagem;
Não utilize máquinas de lavar, secadoras de roupas, nem nada parecido. Lave sempre seu calçado à mão;
Calçados de Riscos Elétricos necessitam de maiores cuidados, como observar
se há fissuras, cortes, perfurações, contaminação, umidade, etc;
etc.
Qual é a hora certa de trocar o calçado de segurança?
Existem três prazos que podem definir a troca de um Calçado de Segurança:
Validade do CA;
Prazo de validade do EPI;
Vida útil do produto.
A primeira é definida pelo Ministério da Economia, que certifica que o produto foi fabricado de acordo com as normas vigentes para que ofereçam a proteção desejada. Já o segundo é o prazo de validade do EPI mesmo e, o terceiro, é quando o EPI estraga antes do tempo.
Qualquer um destes prazos estourado, poderá significar exposição direta do trabalhador ao risco, o que pode gerar acidentes nada bons.
Em qualquer um destes casos, você pode contar com a Prometal EPIs: caso tenha dúvidas sobre os calçados, sobre a procedência ou qualquer outra informação.
Aqui, você tem Calçados de Segurança de todos os tipos e as melhores marcas no mercado de EPIs.